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As exportações da América Latina e do Caribe para a China aumentaram 30% em 2017

Um novo relatório do BID revela que as vendas externas também aumentaram 13 por cento este ano

As exportações da América Latina e do Caribe (ALC) aumentaram cerca de 13% em 2017 e estão perto da marca de US$ 985 bilhões. Esta acentuada aceleração contrasta com a queda de 3.3 por cento de 2016, de acordo com " Trade Trend Estimates for Latin America and the Caribbean ", um novo relatório publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A expansão comercial reflete principalmente a recuperação das exportações para a China, que cresceram 30%, e para os Estados Unidos, que cresceram 10%. Estes dois mercados representaram dois terços do crescimento total. O aumento de 12 por cento dos fluxos intra-regionais também contribuiu significativamente para o desempenho comercial da região.

As exportações da ALC cresceram mais que as exportações globais, que apresentaram variação ano-a-ano de 9,7 por cento entre janeiro e setembro de 2017. Isso se deve principalmente à recuperação dos preços que beneficiou relativamente a região mais que a média do resto do mundo. Por exemplo, o preço do ferro aumentou 26,9% e o do petróleo 23,5% ano-a-ano entre janeiro e novembro de 2017.

"As compras da China na ALC foram as mais dinâmicas por estarem concentradas em matérias-primas que apresentaram uma forte tendência ascendente. No geral, os volumes globais de exportação aumentaram 4 por cento, o que marca o fim de um longo período de estagnação. No entanto, o crescimento ficou concentrado num número reduzido de países", diz Paolo Giordano, economista principal do Setor de Comércio e Integração do BID e coordenador do relatório.

No nível sub-regional, o relatório indica que as exportações aceleraram mais acentuadamente na América do Sul, que registrou um aumento de 16% em 2017, em contraste com a queda de 4,5% de 2016. As taxas de crescimento foram mais altas na Venezuela, Peru, Colômbia, Brasil e Equador. As exportações para a China e os Estados Unidos, que cresceram 30 por cento e 18 por cento, respectivamente, foram as mais dinâmicas e explicaram quase a metade do crescimento.

As exportações do Caribe cresceram 11 por cento, um forte contraste com a contração de 17.6 por cento de 2016. Além disso, as exportações continuaram em um caminho de ascendência mais moderado no México (10 por cento) e na América Central (6 por cento).

O aumento da demanda da Ásia beneficiou particularmente as exportações sul-americanas e, em menor grau, as do Caribe. A demanda dos Estados Unidos alimentou o crescimento das exportações do México e de alguns países da América Central. A recuperação da demanda intra-regional foi particularmente intensa para as economias da América do Sul e do Caribe.

"Para consolidar esta recuperação incipiente das exportações regionais é necessário considerar as incertezas do crescimento da economia chinesa, a aceleração da recuperação econômica na América Latina e os resultados das negociações de acesso ao mercado que estão atualmente em curso com os Estados Unidos e a União Europeia", diz Giordano.

O relatório inclui estimativas detalhadas para 26 países da região.

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Sobre o BID

O Banco Interamericano de Desenvolvimento tem como missão melhorar vidas. Fundado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e o Caribe. O BID também realiza projetos de pesquisa de vanguarda e oferece assessoria sobre políticas, assistência técnica e capacitação a clientes públicos e privados em toda a região.

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