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BID lança novas iniciativas em 2006

O Banco Interamericano de Desenvolvimento foi mais uma vez, em 2006, a principal fonte de financiamento multilateral para a América Latina e o Caribe, conservou sua solidez financeira e lançou diversas iniciativas para atender melhor às demandas do progresso econômico e social da região.

Ao fazer um balanço do ano para a Diretoria Executiva, o Presidente Luis Alberto Moreno disse que o BID aprovou 112 projetos no valor de quase US$6,4 bilhões e efetuou desembolsos de quase US$6,5 bilhões, um aumento de 18% em relação a 2005.

O ano de 2006 foi positivo para a região – que viu crescer a democracia e conseguiu avanços significativos na redução da pobreza extrema – e para o Banco, que empreendeu uma importante reestruturação, disse Moreno.

Os financiamentos aprovados no ano incluíram 76 empréstimos para projetos de investimento do setor público, no valor de quase US$3,6 bilhões, 17 empréstimos de apoio a políticas, de quase US$1,8 bilhão, e 19 operações sem garantia soberana, num total de US$904 milhões. Esta última categoria de empréstimos e garantias de crédito tornou-se possível graças a novas políticas que elevaram o limite máximo para operações dessa natureza e expandiram-nas para mais setores.

A Corporação Interamericana de Investimentos também teve um bom ano e aprovou 46 operações em 13 países num total de US$338 milhões, aos quais se somaram US$173 milhões de outras fontes. A Corporação aprovou também seu primeiro empréstimo denominado em moeda local. 

O Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), administrado pelo BID,  aprovou 135 operações no total de quase US$127 milhões, um aumento de 12% de recursos aprovados em relação a 2005. Cinco países – França, Haiti, Reino Unido, Suécia e Suíça – concordaram em participar da recomposição do Fumin, elevando a 38 o número de países membros.

Novas iniciativas

Durante o ano, o BID efetuou um exame aprofundado de seus produtos e guichês, atualizando-os para melhor servir a seus clientes. Alguns dos destaques foram:

  • O lançamento de Oportunidades para a Maioria, uma iniciativa destinada a ampliar o acesso da grande maioria da população da América Latina e do Caribe a serviços que lhe permita acumular um patrimônio e melhorar sua qualidade de vida.
  • O Mecanismo de Financiamento em Moeda Local e a expansão do financiamento sem garantia soberana para o setor privado e entidades subnacionais.
  • Parcerias com o setor privado para responder com produtos mais especializados à demanda dos clientes.
  • Novos fundos: o InfraFund para projetos de infra-estrutura e o Fundo de Prevenção de Desastres, que financiam o desenvolvimento e a preparação de operações futuras.
  • A Iniciativa de Energia Sustentável e Mudança Climática, destinada a elevar a escala dos investimentos do BID em projetos de redução da dependência da região em relação aos hidrocarbonetos e promoção da eficiência energética.
  • O realinhamento, uma nova estrutura organizacional para aumentar a capacidade de resposta do Grupo do BID, levando-o para mais perto dos países e dando-lhe um enfoque mais voltado para resultados.

Desafios para 2007

Segundo Moreno, o principal desafio para o Banco em 2007 será aumentar sua capacidade de resposta, para o que será crítica a implementação do processo de realinhamento. “Não podemos continuar com ‘business as usual’”, enfatizou ele.

Moreno também ressaltou a necessidade de aumentar a eficácia do BID mediante o fortalecimento de seu programa de operações e o aprofundamento de sua presença nos mercados. Acrescentou que a instituição precisa aumentar sua relevância fortalecendo sua competência em áreas como educação, saúde, água e saneamento e biocombustíveis.

O BID também precisa completar certos projetos em andamento, tais como o alívio da dívida e o uso de recursos em condições facilitadas, bem como analisar a possibilidade de pemitir que outros países, além dos atuais 47, tornem-se membros do Banco.

“A questão hoje”, disse Moreno, “é organizar melhor o conhecimento do Banco, que é precisamente a forma pela qual poderemos fazer uma diferença no longo prazo e, assim, manter nossa relevância.”

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