“Não podemos apelar aos países para que implementem estratégias que promovam a responsabilidade e a transparência se nós mesmos não nos pautarmos pelos mais altos padrões éticos”, enfatizou o Presidente do BID Luis Alberto Moreno em discurso especial aos funcionários do Banco ao apresentar o novo Código de Ética da instituição. "O Grupo do BID precisa ser um farol de integridade”, acrescentou.
O código revisado, em vigor a partir de 1 de março de 2006, aplica-se aos funcionários do BID e da Corporação Interamericana de Investimentos (CII), instituição multilateral afiliada que se concentra no desenvolvimento do setor privado. É resultado de um amplo processo de consulta, que incluiu a participação de uma respeitada organização não-governamental especializada em ética e transparência, o Ethics Resource Center, além de uma variedade de comitês e empregados do Banco. O documento não é uma iniciativa imposta pela administração; ao contrário, reflete um quadro abrangente para a integridade que foi desenvolvido em consulta com funcionários do Banco para proporcionar um rumo ético claro e consensual para o pessoal do Banco.
Em virtude disso, a implementação do código será um processo contínuo, de intensa colaboração, com a responsabilidade recaindo sobre todos os empregados do Banco, disse Moreno, acrescentando que o novo documento marca o primeiro passo de uma jornada conjunta, que incluirá a revisão de todos os procedimentos e processo de integridade do Banco.
Uma parte integrante do código é a orientação aos funcionários sobre a quem recorrer em questões relacionadas a integridade, e essa responsabilidade recai sobre a Secretaria do Comitê de Ética, a única fonte de assessoria formal sobre o código. Está em andamento o recrutamento e a contratação de um secretário para o Comitê de Ética que esteja capacitado profissionalmente a servir como o principal funcionário do Banco responsável pela ética.
Um componente chave desse processo é lidar com o medo de que ao levantar questões éticas se gerará suspeita e desconfiança entre os colegas, notou Moreno. Os funcionários devem considerar sua responsabilidade compartilhada denunciar ações que possam solapar a integridade do Banco, com a confiança de que os que denunciem condutas impróprias não sofrerão represálias.
O President Moreno também expressou seu compromisso em estabelecer um mecanismo eficaz de divulgação para prevenir conflitos de interesses para a administração e outros funcionários em cargo de responsabilidade. Ele mesmo apresentará uma declaração de seus interesses financeiros este ano, acrescentou.
Em junho, começarão cursos de capacitação para gerentes na sede e nas Representações do BID, colocando em marcha um plano de capacitação em ética a ser proporcionado com regularidade a todos os funcionários do Grupo do BID.
Concluindo, Moreno observou que o objetivo do Código de Ética é estabelecer uma fundação de confiança, honra, responsabilidade e integridade para os empregados atuais e futuros do Banco, servindo como uma “reafirmação do contrato moral que temos com os povos das Américas e os países membros de nossas instituições”.
As Diretorias Executivas do BID e da CII contam com Códigos de Ética previamente aprovados que se aplicam a seus próprios membros.